“Joy: O Nome do Sucesso” é um filme de comédia dramática baseado na história real de Joy Mangano, uma mulher que criou um império de produtos de limpeza e utensílios domésticos.
A história começa com Joy, interpretada por Jennifer Lawrence, uma mãe solteira que vive em uma casa cheia de pessoas, incluindo seus pais divorciados, seu ex-marido e seus filhos. Ela trabalha como atendente de balcão em uma companhia aérea e luta para pagar as contas.
Mas Joy tem uma ideia. Ela inventa um esfregão de limpeza revolucionário que ela acredita que poderia mudar a vida das pessoas. No entanto, ela enfrenta uma série de obstáculos para transformar sua ideia em um negócio de sucesso, incluindo a resistência de sua família, falta de dinheiro para investir e até mesmo sabotagem de concorrentes.
Ao longo do filme, Joy enfrenta desafios e adversidades, mas com determinação e perseverança, ela finalmente consegue lançar seu produto e criar uma marca de sucesso que transforma sua vida e a de sua família.
A história de Joy é muito semelhante à de Catarina, matriarca de uma família que viu a oportunidade de construir algo que ajudasse nas despesas de casa. A ideia de Catarina rendeu uma empresa que hoje já tem mais de 50 anos de história, mas que não está imune aos problemas do tempo, como automatização de processos, aumento da concorrência, aumento no valor dos produtos e queda nas vendas.
A empresa que foi criada quase que ao acaso surgiu como necessidade de ajudar financeiramente nas despesas de casa. A situação estava apertada e o marido sofria com sérios problemas de saúde.
Catarina sempre foi muito habilidosa no artesanato e ela mesma fazia os brinquedos para a filha. O primeiro brinquedo que fez foi uma boneca para sua filha, que adorou e fazia questão de mostrar para as amigas da escola e do local onde moravam.
A boneca fez muito sucesso entre as outras crianças do bairro e, com a necessidade de renda extra, Catarina viu a oportunidade de negócio: uma pequena empresa de produtos artesanais.
A ideia deu mais do que certo. A demanda cresceu e ela passou a atender outros bairros. Ela ensinou à filha, Júlia, as técnicas de artesanato, que aprendeu a profissão e tomou a frente do negócio quando a mãe envelheceu.
Atualmente, cerca de 50 anos depois, Claúdia que é tataraneta de Catarina, está à frente da empresa, mas sabe que em breve irá precisar se aposentar e achar alguém para assumir os negócios da família, que sofre com quedas constantes nas vendas, falta de reconhecimento no mercado e dificuldade a se adaptar às novas tecnologias.
Ela quer manter o negócio em família pois sabe que essa é a essência que pode trazer o sucesso. Sua filha Marcela é a sua primeira opção, mas existe um investidor que está interessado em comprar a empresa para fazer a terceirização de produtos que ele já produz e vende.
Marcela quer assumir a empresa, mas sabe que precisa criar uma estratégia inteligente e eficiente para mostrar que ela pode sim salvar a empresa da falência sem a necessidade de vender para o investidor.
Ela entende que uma das grandes falhas da empresa é a falta de humanização da marca e posicionamento. No decorrer da história da empresa o investimento em marketing sempre ficou em segundo plano, mas ela compreende como isso é um fator fundamental e essencial para mudar o cenário.
Marcela sabe da qualidade dos produtos da empresa, mas não sabe como transmitir isso para o público e, por isso, precisava de algo diferente. Por isso, ela procura formas de resolver o problema e contrata uma empresa de comunicação e marketing para assumir o desenvolvimento de campanha que posicione a empresa de volta ao mercado, crie conexão com os clientes e aumente o faturamento.
O desafio é grande, mas sua vontade de fazer dar certo é maior ainda. Para criar uma campanha de sucesso era preciso desenvolver uma história forte, que conseguisse refletir a paixão da sua família e empresa pelo artesanato e pelo cuidado com cada detalhe para cada cliente.
O primeiro passo definido em conjunto com a agência era de desenvolver uma campanha que criasse conexão com o público, a fim de humanizar a marca.
Marcela buscou inspiração nas conversas que já teve com parentes e álbuns de família. Em um desses álbuns achou uma foto que mostrava Júlia com uma boneca muito semelhante a que ganhou de sua mãe quando era nova.
Ao questionar a mãe sobre a história da boneca, Cláudia explica que a boneca que Marcela ganhou é a mesma que Catarina fez. Foi uma relíquia passada de geração em geração para sempre deixar acesa a chama do início da empresa e como o carinho, amor e atenção são essenciais.
Marcela decide criar a campanha da empresa em cima dessa história, pois ela conseguiria mostrar ao mercado os diferenciais da empresa, criar conexão e ainda mostrar toda atenção que a empresa dedica em cada trabalho, projeto e produto que faz.
A peça principal da campanha seria um vídeo institucional. O vídeo mostrava a criação da primeira boneca, como ela foi passada de geração em geração e, no final, essa boneca nos vários pontos de vendas da loja, trazendo, de forma breve, a importância da boneca para cada menina que a recebia.
Em um cenário, a criança recebeu a boneca quando a mãe ficou doente e precisava de algo para brincar no quarto do hospital nos momentos de visita.
Em outra história, a menina guardava a boneca como recordação da mãe, que havia morrido há pouco tempo.
Porém, a verba disponível era curta e isso dificultava a contratação de atores, criação de cenários e possíveis viagens.
No meio tempo, o investidor cada vez pressiona a família sobre a venda da empresa e, como as vendas continuam caindo, Claúdia cogitava cada vez mais vender a empresa para impedir a falência.
Marcela conversa com a mãe que está um tanto cética com a campanha. Cláudia acha que o investimento não vale a pena e que o retorno não é o suficiente para melhorar o cenário.
Então, mãe e filha fazem um acordo: Marcela tem duas semanas para apresentar toda a campanha e, caso Cláudia aprove, Marcela poderá fazer a divulgação e, se os resultados forem satisfatórios, ela assumirá os negócios da família.
Em uma corrida contra o tempo, Marcela decide chamar amigos e parentes para serem os personagens das peças da campanha, isso reduz o custo de forma significativa e facilita a otimização de tempo para gravação e edição do material.
Duas semanas depois, Marcela apresenta, junto à agência, a campanha.
Claúdia, ainda cética, diz que já está com o contrato de venda da empresa e, se a apresentação não atender às exigências dela, assinará o contrato.
Isso abala a confiança de Marcela, mas que tenta se manter firme. A apresentação é feita e Claúdia fica extremamente surpresa ao ver a história da família retratada nos vídeos e de ver seus parentes contando essa história também.
Claúdia, ainda incerta, aprova a campanha que é divulgada nas redes sociais, sites de notícias, emissoras de televisão e até em programas de rádio.
A campanha foi um sucesso e gerou uma grande conexão emocional surpreendente com seu público-alvo. O engajamento nas redes sociais cresceu, os acessos nos sites e páginas de e-commerce aumentaram de forma significativa e nos pontos físicos as gerentes apresentavam em relatório o aumento de vendas.
A empresa finalmente voltou aos trilhos e passou a ter um posicionamento estratégico, sempre apoiando e investindo na emoção, carinho, cuidado e dedicação.
Como todo bom empreendedor, Marcela sabia que o caminho para o sucesso não seria fácil, mas não se deixou abalar por isso.
Assim como Joy, Marcela enfrenta os obstáculos que apareceram no seu caminho para atingir o sonho que tinha: de fortalecer a empresa que tanto amava e acreditava.
Com a estratégia certa e a dedicação necessária, Marcela conseguiu garantir que a empresa da família não fosse à falência e continuasse a transmitir a mensagem de carinho, cuidado e amor que a empresa foi construída.
O Storytelling…
O storytelling é uma técnica de comunicação que consiste em contar histórias para transmitir uma mensagem, seja ela emocional, educativa ou publicitária. É uma técnica muito utilizada em marketing digital, já que é capaz de engajar o público e criar conexões emocionais com a marca.
A ideia por trás do storytelling é que as pessoas são naturalmente atraídas por histórias e que, ao contar uma história, é possível envolver e persuadir a audiência de uma maneira mais efetiva do que apenas apresentando dados e informações.
No contexto do marketing digital, o storytelling pode ser usado para contar a história da marca, mostrar seus valores e missão, apresentar produtos e serviços, e até mesmo humanizar a empresa.
Uma boa história deve ser envolvente, emocionante e ter um personagem principal que o público possa se identificar. Além disso, deve ter um enredo claro e uma mensagem que seja relevante e fácil de ser compreendida.
Toda a história da empresa de artesanato explorada acima, explica, através de uma narrativa embasada no storytelling, o que é o storytelling.
Existe um personagem principal, Marcela, que está envolvido em uma situação. Ela tem um objetivo e encontra alguns obstáculos no caminho, mas que não a impede de persistir e alcançar o que desejava.
A narrativa envolve pois conta uma história de família, que naturalmente já atrai a atenção do público. A caminhada de Marcela é dissolvida em todos os arcos que uma narrativa de storytelling pede, um começo, um objetivo, os desafios, onde a personagem cresce e consegue apresentar e buscar soluções e o desfecho, com um final “feliz”.
A importância do storytelling se faz cada vez mais presente nas estratégias de comunicação atuais para conseguir trazer proximidade, humanização e relacionamento com o público, que já não se satisfaz mais com relacionamentos superficiais com as marcas e quer estar conectado a todo momento.
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